No momento de decidir por que área profissional enveredar, algures no ensino secundário, é difícil para as diferentes gerações de jovens, ter uma noção clara e consciente sobre quais serão, no futuro, as áreas profissionais de maior procura ou aquelas que vingarão mais.
Para a chamada “geração x”, nascidos entre os anos 60 e 80, a referência profissional passava muito pelas profissões liberais e pelos cargos públicos, fruto de uma perspetiva mais tradicional sobre o mercado de trabalho.
O surgimento de novas tecnologias, de conceitos como o de trabalho remoto ou nómada digital, com a hipótese cada vez mais válida de trabalhar a partir de casa ou a partir de qualquer outra parte do mundo, veio trazer outro tipo de oportunidades e abrir novos horizontes profissionais, para as gerações posteriores.
Este facto traz uma nova perspetiva dos jovens adultos sobre o mercado de trabalho, ao que o mercado tem vindo a responder com novas ofertas profissionais.
É difícil dissociar a escolha de uma profissão com a espectativa de retorno, em termos financeiros, que essa carreira profissional poderá proporcionar.
No entanto, apesar de ser sempre um fator preponderante, existem atualmente outras condicionantes cada vez mais considerados na hora de escolher a profissão, como:
- os benefícios do desempenho de determinada função;
- a realização pessoal do trabalhador;
- o próprio local de trabalho.
Recentemente, o paradigma laboral viu também as suas estruturas serem abaladas pela pandemia de Covid-19, que veio reforçar a ideia do trabalho remoto como alternativa perfeitamente viável ao modelo de trabalho presencial e inúmeras áreas profissionais.
Quais as áreas mais promissoras?
Com todas estas mudanças no panorama laboral um pouco por todo o mundo, vejamos quais as profissões tidas como profissões de futuro.
Tecnologias de Informação
Neste contexto, as profissões ligadas às tecnologias da informação ocupam, claramente, um lugar de destaque.
O computador é claramente a ferramenta do trabalho moderno não só pela sua abrangência no que diz respeito às oportunidades de trabalho a que dá acesso, mas também por ser uma ferramenta que permite que o trabalhador desempenhe as suas funções em qualquer parte do mundo, desde que disponha de uma ligação à internet.
São exemplos dessas profissões:
- os analistas e cientistas de dados
- os técnicos de cibersegurança e segurança de dados
- operadores de e-commerce (comércio online)
- especialistas em desenvolvimento de software
- técnicos de marketing digital e criadores de conteúdos.
É uma panóplia cada maior de opções nesta área que faz com que cada vez mais jovens e adultos procurem formações como web developer.
Existem várias opções, no mercado, de formação nesta área.
É exemplo disso a Wild Code School que, entre outras ofertas formativas, desenvolve um Bootcamp de Web Developer que, em 3 meses, prepara os formandos para se iniciarem na criação e desenvolvimento de aplicações web funcionais, construir wireframes e modelos, usar uma API, entre outros.
Este tipo de formação pode ser o primeiro passo a dar para quem tem o objetivo de, por exemplo, se tornar um nómada digital e fazer do mundo o seu local de trabalho.
Cibersegurança e Inteligência Artificial
As áreas da cibersegurança e da inteligência artificial são também consideradas promissoras no que ao mercado de trabalho diz respeito.
Neste último caso a função é a de definir, criar e implementar programas eficazes e capazes de alavancar as vendas de uma empresa.
Também aqui o trabalhador não necessita de estar fisicamente num escritório convencional para obter bons resultados.
O especialista pode prestar serviços para diversas empresas e de forma remota, podendo rentabilizar o seu tempo.
No entanto, é necessária experiência em:
- plataformas de inteligência artificial;
- serviços em nuvem (cloud);
- machine learning.
Já no caso da cibersegurança, a promessa de um futuro risonho, em termos profissionais, é bastante mais óbvia e tem vindo a manifestar-se de formas muito pouco agradáveis.
Infelizmente, são cada vez mais os indivíduos que exploram as fragilidades dos sistemas informáticos de determinadas empresas para obterem contrapartida financeira ou simplesmente para atingir e prejudicar a empresa.
Estes hackers, como são conhecidos, penetram nos sistemas internos das empresas expondo informações internas, muitas vezes confidenciais como, por exemplo, contas bancárias e dados pessoais de clientes.
Este ano em Portugal, houve vários ataques desta natureza, entre eles os casos da Vodafone e a TAP, sendo que os especialistas alertam que 2023 pode ser pior.
Uma forte razão em que, são cada vez mais as empesas que necessitam de técnicos na área da cibersegurança.